19 de mai. de 2008

Rock Alternativo?? - Radiohead

A partir de hoje começo uma série de posts sobre música alternativa(destacando:com álbuns para download), que merece um tanto mais de destaque no cenário mundial e mais ainda por estarmos vivendo em um mundo onde a música já virou um subproduto da indústria, onde só existe o interesse no lucro. Pra começar essa série nada mais nada menos do que Radiohead, banda britânica formada em 1981 que tem marcado o cenário musical com uma responsabilidade de fazer música que quase não existe...


O Radiohead foi uma daquelas bandas que precisou de apenas um disco para estourar no mundo inteiro. Mas ao contrário do que acontece com a maioria das bandas que passam por isso, eles continuaram nas paradas em todos os outros lançamentos, conquistando um público cada vez maior.

Tudo começou com o guitarrista e vocalista Thomas Yorke. Após formar as primeiras bandas, logicamente sem sucesso, juntou-se, em 1987, a Jonny Greenwood (guitarra, teclados, xilofone), Ed O’Brien (guitarra), Colin Greenwood (baixo) and Phil Selway (bateria), formando o On a Friday.Após algumas apresentações, resolvem dar um tempo e só voltaram em 1991. Conseguem um contrato com a EMI e já com o nome de Radiohead, lançam o EP com a faixa “Creep”, que enlouqueceu os americanos.

Pablo Honey”, o álbum de estréia, chegou em 1993, e o hit “Creep”, obviamente inserido no track list, alavancou as vendas que chegaram a mais de 700 mil cópias. O segundo trabalho, intitulado “The Bends”, de 1995, colocou em evidência as características e a personalidade do Radiohead: letras e climas depressivos, tristes e melódicos. O grande destaque desta vez foi a poderosa balada “Fake Plastic Trees”, que entrou nas rádios de todo o mundo e foi tema de um comercial aqui no Brasil.

Os vídeos do grupo também sempre foram muito criativos e mesmo quem não era fã ou não os conhecia, parava para assisti-los. Com apenas esses dois discos, a banda já era a mais comentada entre os “descolados” e gostar de Radiohead significava ser “cool”.Mas foi com “OK Computer”, dois anos depois, que chegaram ao ponto máximo que um grupo pode chegar. O álbum foi eleito por revistas especializadas como o “melhor de todos os tempos” (!). Flertando com elementos eletrônicos, mas igualmente depressivo e sombrio, vendeu 4 milhões de cópias e faturou um Grammy. Os vídeos continuavam surpreendendo e podemos destacar os de “Paranoid Android” e “Karma Police”.

A banda a essa altura já era aclamada pelos críticos mais exigentes e Thom Yorke tido como gênio. Porém, uma dúvida surgiu: como superariam a obra-prima “OK Computer”? Estava claro que não seria uma tarefa fácil. Os fãs ficaram apreensivos e ansiosos sobre o próximo lançamento e ele só veio no ano de 2000.

Kid A”, dividiu opiniões e causou certa polêmica. As pessoas que não gostaram, não admitiam e diziam apenas que era um disco “difícil de entender”. Mas a verdade é que o Radiohead já não era mais unanimidade. Enquanto uns continuavam achando genial, outros classificavam-no como muito eletrônico, muito esquisito ou, simplesmente, muito chato. Outro fato que contribuiu para a não aceitação geral do álbum, foi a ausência dos tão queridos video-clipes.

Considerado como uma continuação de “Kid A”, lançaram no ano seguinte “Amnesiac”, que causou tanta discussão quanto o próprio. O Radiohead continuou a explorar cada vez mais sonoridades e melodias nada convencionais e o mais incrível é que, mesmo agindo de forma tão anti-comercial, continuaram vendendo muito bem e ganhando novos fãs.“Hail To The Thief”, lançado em 2003, foi bem mais aceito pelo público e mídia e marcou a estréia da Radiohead TV, uma emissora de TV online que serviu como um canal de divulgação desse trabalho.

"In Rainbows", lançado em 2007, é dos melhores do Radiohead. A primeira música que figura no winzip depois de baixada é "15 Step". "One by one, come to us all", um por um, venham todos a nós, diz Thom Yorke em meio a batidas distorcidas e guitarras foras do tom. O estado de suspensão do tempo que o Radiohead já havia provocado em "Idioteque" e, em certa medida, em "Everything in Its Right Place" (ambas de "Kid A") está de volta.

"Bodysnatchers", um rock sincopado com vocais indistintos, é um dos pontos altos do álbum e leva a "Nude", música cuja ambiência bela e lúgubre sintetiza o espírito da banda, e você está imerso nele agora.Com vozes que se perdem ao longe, "Weird Fishes/Arpeggi" oferece pouca saída para uma respiração tranqüila. As guitarras delicadamente autoritárias de Ed O'Brien e Jonny Greenwood são as mãos que o levam para onde os arco-íris surgem.De modo estranho, "All I Need" (que diz "você é tudo o que preciso") complementa "House of Cards" ("não quero seu amigo, quero ser seu amante"), que tem a estrutura simples de uma música pop qualquer, mas tem o design do Radiohead, com curvas infintas, cordas que caem do teto. E cordas de violinos são as fundações da curta e linda "Faust Arp".

Por isso e por mais, "In Rainbows" é um dos discos de 2007 e uma maneira coerente de comemorar os dez anos do assombroso "OK Computer".

Após alguns pedidos, eis o acústico do Radiohead, Creep!!!

1 Comentário:

Unknown disse...

Olá! Se queres falar sobre música alternativa e particularmente sobre música que pode-se escutar e descarregar libremente, podes encontrar muita música no Jamendo.com! Há mais de 8000 álbuns con licença Creative Commons e há música de todos os gêneros...
Abraços,
Lucile

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