Lacuna...

Me faltam palavras quando me sobram sentimentos...
Um espaço vazio, uma lacuna existente e resistente...
Perto?Distante?Quem saberá?Sentimental demais?
Demasiado realista?Nem importa...

Tédio, Saudade, Amor, Fé, Coragem,
Ódio, Sorrisos e Choro, e muito contraste...
Bastaria um lado tocando...
Pode ser do prisma, do branco ou preto...

Que poder tem o papel, não da cédula, e sim
O que investimos e vestimos no dia-a-dia,
numa temporada para poucos...
Sem floreios ou retoques...

Mas quando o papel nos domina...
Não há onde encontrar nem contestar algo...
A crise interior nos afeta com tal magnitude...
E a temporada se encerra, para sempre...

Júlio Almeida[20-02-09]

Palavras...

Ah...se tudo estivesse ao nosso alcançe
Mudar os caminhos...tantas pedras
Tantas...felicidades...que se perdem
Em meio...as dores...Enfim...

Dizem que o silêncio...Diz mais que as
Palavras...o que seria nada?Não...
Concordo com isto...sem as palavras...
Seriamos mais felizes...em razão...

Até porque...não existiria a falta...
Tampouco a saudade...nem..o amor
Porém sem a morte onde estaria...
A Dor...e a Vida?ao menos não se perderia...

Júlio Almeida[19-02-09]

O Dono da Voz...

Há 65 anos nascia no Rio de Janeiro o cantor, dramaturgo e ídolo da música popular brasileira, Francisco Buarque de Hollanda, mais conhecido como Chico Buarque, e que se destaca no cenário cultural brasileiro há quase 50 anos. Ele se tornou conhecido na década 60, mais precisamente em 1966, quando venceu, com a canção 'A Banda', o Festival de Música Popular Brasileira. Durante o tempo de ditadura militar no Brasil, ficou exilado na Itália - por ser um dos artistas do país que mais protestava contra os políticos da época e era a favor da democratização no país.

Nas próprias letras das músicas, o filho do historiador Sérgio Buarque de Holanda, ex-marido de Marieta Severo, irmão de Miúcha e sogro do musico Carlinhos Brown, deixava subentendido sua opinião. Como em 'Deus lhe pague' ou 'Cálice', deixava implícito o seu protesto. Cronista nos tempos de colégio, ele também se destacou no mundo literário. Seu primeiro livro foi publicado em 1966, trazendo os manuscritos das primeiras composições e o conto 'Ulisses', além da crônica de Carlos Drummond de Andrade sobre 'A Banda'. Além de ter ganhado diversas premiações, inclusive o Prêmio Jabuti, pelo livro Budapeste, lançado em 2004, que teve recentemente uma versão no cinema, com direção de Walter Carvalho.

Beirut em Salvador\o/

Os fãs da banda americana Beirut podem marcar em seus calendários: os donos da música 'Elephant Gun', sucesso na trilha sonora da minissérie da TV Globo 'Capitu', devem vir à Salvador em setembro. Segundo a colunista Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o grupo fechou a participação no festival Perc Pan 2009 com a antropóloga baiana Beth Cayres, responsável pela organização do evento.

Além de apresentação marcada na capital baiana, a banda vai fazer dois shows em São Paulo e no Rio de Janeiro, trazendo a mistura exótica de sons de tubas, instrumentos de sopro, percussão e acordeon ao público brasileiro.

FONTE:Correio da Bahia

Se realmente se confirmar, um avanço significativo na mentalidade dos produtores musicais de salvador, que até então, se preucupam com o carnaval e os "ensaios de verão", e que assim seja...

Há tempo(s)?!

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Folia...

O descaso é voraz...a ignorancia está nas vozes...
no dia-a-dia...na agonia de quem sofre...na alegria
de quem veste "não sei quantos" pratos de comida...

Todos se esquecem, limitamos ao natal...
11 meses e alguns dias de normalidade e...
que beleza, mais um morre na esquina...
quem?Anh?Não importa mesmo...

O que realmente importa é a folia!
que inocência...Protesto!Pra quê culpar os
governantes?Se nem fazemos?Fazer o quê mesmo?

Júlio Almeida[19-02-09]

Luzes...

Um candeeiro mal ilumina...um olhar doce e belo...que me leva aos mais pesados delírios e aos mais leves sonhos...malditos sonhos...apenas...O que seria de nós?Juntos?Acorrentados a um dever, uma só voz, duas notas que se tornam um único acorde...Caprichos e cassinos da vida...tão sinuosa e desavisada...ela nem sabe...sabe...seria mesmo um candeeiro iluminando-a?emoldurando seu sorriso?Ou a luz emanava de seus olhos?O que seria isso?Sentimento?Aflição?Quanto espaço ela conseguiu demarcar em meu peito...pobre coração...que nada sabe...

Júlio Almeida[17-02-09]